quarta-feira, 15 de julho de 2009

De Vinhos e Vida...


Em joão 2.1-11, nós lemos que Jesus foi convidado para uma festa de casamento. O texto nos leva a entender que o vinho se acaba antes do planejado, pois Maria, mãe de Jesus, se preocupa a tal ponto que vai informá-lo que não tem mais vinho. Como a festa continuaria se o vinho, que alegrava os convidados estava acabando? E Jesus como um bom judeu, também gostava de celebrações, realiza o seu primeiro milagre, dando início ao seu ministério e proporcionando a continuação da festa. Ele transforma água em vinho! E quando o mestre de cerimônias prova o vinho, e qual a sua surpresa - é o melhor vinho da festa! Por isso, a sua admiração e indignação por ele está sendo servido no final.
Relendo esse texto, percebi uma relação entre as nossas atitudes diante da vida, com os dois tipos de vinho que são servidos.
O primeiro tem qualidade inferior, mostrando que podemos continuar a viver nossas vidas sem muito entusiasmo. Sabe, aquela postura de "deixar a vida me levar"? Sem compromisso, sem levar muito em conta as rotinas tão necessárias à nossa existência. Será que essa atitude descompromissada não parte do nosso medo de encarar a vida, e de dá um passo à frente, na busca da nossa humanidade? Mas, sabemos que o ser humano é propenso a acomodar-se ao que não exige esforço, mudança. Pois o "conhecido" é uma zona de conforto para muitos, sem falar que é mais seguro...
O segundo vinho,cuja qualidade é superior, vejo como um novo estilo de vida oferecido ao ser humano, por um rabino que não se acomodou ao que já estava "estabelecido". Ele transforma valores antigos e opressores em valores que libertam o coração e a mente daqueles que escolhem caminhar com Ele. Ou seja, a transformação do velho para o novo, de algo que não tinha sentido para uma nova realidade pela qual valha à pena viver. O vinho que é servido por último, vem como uma salvação para que o melhor não acabe, que é a alegria de celebrar a vida!
É interessante percebermos que nesse novo estilo de vida, mesmo que as rotinas continuem elas tomam sentido; porque agora são vistas por um novo olhar, um olhar que foi transformado. Estou lembrando do convite que Jesus de Nazaré fez um dia: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim que sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as vossas almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mt.11.28-30)

Leny Brito

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