terça-feira, 21 de dezembro de 2010

“... e lhe chamarão Emanuel, que significa Deus Conosco.”

Daqui a pouco celebraremos mais um Natal e um fim de ano. Com isso, somos levados a rever os meses que se passaram e veremos que temos muito para agradecer e celebrar.

No período natalino, eu e você, somos convidados a enxergar o mundo pelas lentes do amor. O ato de celebrarmos o natal, (não a celebração do natal do consumismo), mas o Natal onde reafirmamos a nossa fé, e que nos devolve a esperança de que é possível olhar para frente e prosseguir.

Nesse Natal, nós nos tornamos mais humanos e os sorrisos são mais freqüentes nessa época.

Os nossos corações são envolvidos por atos de bondade, amor, solidariedade e esperança. Quem dera pudéssemos viver todos os dias com esse Espírito Inspirativo. O nosso mundo seria bem melhor: Não veríamos tanta violência e injustiça social, tanto desamor. Porque as pessoas se amariam mais.

E o que é o Natal, senão o nascimento do amor? “Deus é amor”, essa foi a revelação que um dos amigos de Jesus, conseguiu vislumbrar a respeito do Mestre.

O Natal, também, nos fala do nascer para o novo. Portanto, os nossos sonhos podem renascer das cinzas. Não importam as adversidades vividas ao longo do ano. Elas não serão suficientes para barrar um novo recomeço. Independente das luzes que dão nova vida aos nossos lares, ou dos presentes compartilhados, esse é um tempo para reascendermos a chama do amor e da esperança em nossos corações.

Caminhemos rumo ao ano que se inicia com uma nova postura diante da vida. E que a presença de Jesus - o Emanuel-Deus Conosco, nos torne fortes e corajosos para que tenhamos forças para enfrentar o futuro nosso de cada dia.

Desejo a todos vocês que caminharam conosco nesse ano de 2010, um Natal e Ano Novo cheios de fé, esperança e amor.

Com carinho,

Leny Brito

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O rosto de Deus


Ricardo Gondim

Rafael, Michelangelo e vários outros pintores tentaram retratar o rosto de Deus. Foram infelizes. Como mostrar na tela quem nunca foi visto? Com a proximidade do Natal, mais artistas procuram esboçar o que imaginam ser o rosto de Deus.

Ele se parece com uma criança? É o frágil bebê das manjedouras? Talvez; o reino do céu pertence aos pequeninos, aos que mamam. Ao tentar desenhar o mistério, o artista termina com um ídolo.

O rosto de Deus, entretanto, pode ser experimentado nos sem-teto que perambulam pelas ruas e dormem nos viadutos das grandes cidades. Quando Jesus nasceu, a família estava sem moradia certa, não possuía recursos para pagar uma hospedaria e viu-se obrigada a refugiar-se em um estábulo.

O rosto de Deus pode ser percebido em vítimas de preconceito e em injustiçados. Sobre o menino que nasceu em Belém pairou uma dúvida: ele era de fato filho de José? O casal não inventara aquela história toda para se safar de um rolo?

O rosto de Deus se revela nos desprezíveis, nos que foram condenados à margem da história. Quando o menino nasceu, ninguém notou ou escutou o alarido dos anjos. A trombeta que anunciou paz na terra pela boa vontade de Deus passou desapercebida da grande maioria. Apenas um punhado de pastores foi sensível para presenciar o momento mais importante da história.

Qual o rosto de Deus? Ele não se parece com os cartões postais ou com o menino de barro das lapinhas. Deus é igualzinho a Jesus. E Jesus é bem parecido com o vizinho do lado, com a mulher que pede socorro na delegacia do bairro e com a família que chora a morte do filho no corredor do ambulatório.

Não é preciso muito para encontrar Deus, basta um coração de carne, humano.

Soli Deo Gloria

Fonte: http://www.ricardogondim.com.br