Ela me leva a refletir que nós precisamos enxergar a realidade que nos rodeia - e o que nós vemos, hoje, vai além da decadência espiritual. As distorções estão patentes aos nossos olhos: Corrupção, violência, drogas, desigualdades sociais, sistemas falidos (saúde, educação, político...). Pessoas perdendo e vendendo a própria alma, individualistas.
Precisamos ser críticos da realidade à nossa volta e nos inquietarmos com o que vemos. Não dá pra continuar de braços cruzados, ou, simplesmente ignorar as nossas necessidades mais urgentes.
Não devemos cair no erro de termos a mesma atitude do sacerdote e do levita. Estavam tão acomodados ao “status quo”, que não foram capazes de enxergar que algo precisaria ser feito para mudar a realidade daquele pobre homem, caído à beira do caminho.
Como cristão-cidadão, não devemos permitir que as circunstâncias à nossa volta nos lance na apatia, na indiferença – Uma das atitudes do samaritano que chamam a minha atenção é a empatia, ele se identificou com o seu próximo (o homem caído). Enquanto que as outras pessoas foram indiferentes àquele momento, não se envolveram na história do outro para transformá-la, o bom samaritano não seguiu as atitudes delas.
Muitas pessoas vão levando a vida dessa forma: “Se todo mundo faz dessa forma, porque eu tenho que ser diferente?” Você já pensou nas vezes em que o seu coração se inquietou para fazer o bem a alguém, levar uma palavra de ânimo, de esperança. Suprindo alguém de roupas, alimentos? Penso que se todos nós tomarmos essas atitudes, o nosso mundo seria bem melhor.
Podemos ver no samaritano uma atitude que é nobre ao ser humano, é que além de não ficar indiferente, ele se envolveu na vida daquele homem e isso fez toda a diferença.
Como cristão-cidadão ou cidadão-cristão, o nosso maior desafio é fazermos diferença. E para isso, precisamos começar a enxergar com os olhos de Deus, a agir com o que temos em nossas mãos.
Afinal, nós somos cooperadores de Deus, para a construção de um mundo melhor, uma nova realidade.